Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no governo de Jair Bolsonaro (PL), foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira, 9, em Florianópolis. Ele é investigado por suposta interferência no segundo turno das eleições de 2022.
Durante a realização do segundo turno das eleições, em 30 de outubro, a PRF realizou mais de 500 operações no transporte de eleitores em várias rodovias do país, especialmente no Nordeste. As ações foram suspensas após pedido da Justiça Eleitoral.
A PF também cumpre mandados de busca e apreensão no Rio Grande do Sul, no Distrito Federal, em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte contra diretores da PRF na gestão Silvinei.
Em depoimento para a CPMI dos atos golpistas, que apuram os episódios de depredação da sede dos três poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro deste ano, Silvinei negou irregularidades ou omissão da PRF nas operações durante a eleição.
“Nossos policiais estavam lá para garantir a segurança. Nesse dia, não foi registrado nenhum acidente grave com ônibus e vans”, disse, sobre o dia do segundo turno das eleições.
Ainda, o ex-diretor alegou que seria impossível articular uma operação irregular desse porte em todo país.
“Grande parte dos nossos policiais eram eleitores do presidente Lula. Não há, não é possível cometer esse crime. Não como parar 13 mil policiais sem ter uma conversa por Whatsapp, Telegram, sem um e-mail enviado. Nenhum participou ou ouviu alguma coisa. Não tem como fazer uma operação dessa e envolver 13 mil policiais sem ter uma simples conversa de corredor”, disse Silvinei.
Por Luiz Fernando com informações de CNN Brasil | Imagens Reprodução Internet