Ministério da Justiça muda classificação indicativa de filme de Gentili após polêmica

Aranãs FM

O Ministério da Justiça, por meio da Secretária Nacional de Justiça, alterou a classificação indicativa do filme ‘Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola’. O longa agora não é recomendado para menores de 18 anos. O despacho dado pela secretaria muda a classificação que até então era para 14 anos.

Nesta quarta-feira, 16, a decisão foi publicada no Diário Oficial da União e a justificativa apresentada foi a de que o longa era um “conteúdo com tendências de coação sexual ou estupro, ato de pedofilia, e situação sexual complexa”. O prazo para ajustar os símbolos que indiquem a nova classificação é de até cinco dias corridos. A determinação também indica que a obra, caso seja exibida em TV aberta, só poderá ser veiculada após ás 23 horas.

Na terça-feira, 15, o Ministério da Justiça já havia determinado a suspenção da exibição, disponibilização e oferta do filme nas plataformas de streamings, com a justificativa de que era “necessária proteção à criança e ao adolescente consumerista”. Todo o caso fez com que o filme ficasse no top 4 filmes mais assistidos da Netflix. O Globoplay e o Telecine classificaram o pedido como censura e em nota afirmaram que não irão remover o longa de seus catálogos. “A decisão ofende o princípio da liberdade de expressão, é inconstitucional e, portanto, não pode ser cumprida.”, afirmaram as empresas.

CONFIRA A CENA:

A polêmica com relação ao filme começou quando um usuário da Netflix filmou e divulgou em suas redes sociais uma cena de cunho sexual, em que aparecem Fabio Porchat e outros dois atores mirins. Tanto o artista, quanto Danilo Gentili, que roteirizou e também está no elenco do filme, foram acusados de fazer apologia à pedofilia.

Danilo e Fábio se manifestaram sobre as acusações. “A cena em questão é exatamente sobre uma pessoa que se apresenta como o melhor aluno da escola, que seria uma autoridade, pedindo coisas abjetas e absurdas para os alunos, que não obedecem o cara só porque ele é uma autoridade. Então, na verdade, em momento algum o filme faz apologia à pedofilia. O filme vilaniza a pedofilia”, disse Danilo Gentili.

Porchat concordou com Gentili e se defendeu enfatizando que sempre há mocinhos e vilões em um filme, e estes últimos sempre fazem coisas horríveis.

“Vamos lá: como funciona um filme de ficção? Alguém escreve um roteiro e pessoas são contratadas para atuarem nesse filme. Geralmente o filme tem o mocinho e o vilão. O vilão é um personagem mau. Que faz coisas horríveis. O vilão pode ser um nazista, um racista, um pedófilo, um agressor, pode matar e torturar pessoas”, afirmou Porchat.

Por: Luiz Fernando / Imagens: Reprodução Internet

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