O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a prisão do ex-ministro e general Walter Braga Netto. A decisão foi tomada na última terça-feira (24), e divulgada nesta quinta (26).
No último dia 21, a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo um parecer contrário à libertação do general, preso na semana passada no Rio de Janeiro. A prisão ocorreu no âmbito das investigações de um suposto plano de golpe de estado em 2022.
O parecer da PGR frustrou o plano da defesa do general, que havia solicitado ao STF que a prisão preventiva fosse substituída por outras medidas cautelares. No entanto, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, argumentou que as razões que justificaram a prisão inicial ainda permanecem válidas.
Braga Netto foi detido por ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator do chamado “inquérito do golpe” no STF. De acordo com a Polícia Federal, o general, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, estaria tentando obstruir as investigações. Ele é acusado de buscar aproximação com familiares de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, para acessar informações sigilosas da delação de Cid.
De acordo com a PF, as tentativas de interferência tinham como objetivo controlar as informações fornecidas por Mauro Cid e alinhar as versões entre os investigados, o que configuraria obstrução da Justiça.
A defesa de Braga Netto, por sua vez, nega qualquer tentativa de obstrução e questiona os fundamentos da prisão preventiva, que segue sendo analisada pelo STF.
Com informações de Itatiaia | Imagens Reprodução Internet.