A Operação Mata Atlântica em Pé, que foi encerrada nessa segunda-feira (27), identificou o desmatamento de 2.784 hectares de floresta e aplicou pouco mais de R$ 27 milhões em multas aos infratores em Minas Gerais. Além das multas, durante a operação foram apreendidos lenha, carvão e um trator. As informações são de um balanço divulgado pelo Ministério Público do Estado.
Durante oito dias foram fiscalizadas 156 propriedades, com áreas de desmatamentos identificadas em 15 localidades: Água Boa, Angelândia, Aricanduva, Capelinha, Itamarandiba, Setubinha, Malacacheta, São Pedro do Suaçuí, José Raydan, Santa Maria do Suaçuí, São Sebastião do Maranhão, Frei Lagonegro, Rio Vermelho, Coluna e São José do Jacuri.
Segundo balanço, em comparação com a edição de 2020, a Operação, deste ano teve um aumento de 44% em áreas fiscalizadas, 20% em áreas desmatadas ilegalmente e cerca de 279% em multas aplicadas no estado.
As ações foram realizadas entre os dias 20 e 27 de setembro e contaram com a participação do MPMG, Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Polícia Militar do Meio Ambiente e a unidade regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
“Por meio do trabalho conjunto das instituições participantes, acreditamos que é possível reduzir os índices de desmatamento no bioma, que vem sofrendo sucessivas reduções desde o aumento do monitoramento, nos últimos 15 anos”, comenta o promotor de Justiça Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Caoma) do MPMG e da operação em Mata Atlântica em Pé em âmbito estadual.
A operação, que é de caráter nacional, foi deflagrada em 17 estados e foi coordenada nacionalmente pelo Ministério Público do Paraná e executada a partir dos MPs estaduais. Para a fiscalização, que terminou com 146 autos de infração aplicados, foram utilizados dados obtidos por monitoramento via satélite.
Por Ana Paula Tinoco