Dom Darci, Arcebispo de Diamantina e presidente da Rádio Aranãs, fala sobre o Conclave

Aranãs FM
Foto: arquidiocese de Diamantina

O Papa Francisco construiu o atual Conclave com a nomeação de 108 dos 135 cardeais votantes, que estará diminuído em dois membros (Antonio Llovera, Espanhol e Vinko Pulgic, Bósnio) por motivo de saúde. Portanto, 133 purpurados elegerão o próximo Pontífice da Igreja.

A novidade é a nomeação de cardeais vindos da “periferia” do mundo, inclusive de países que nunca tiveram representantes como o Haiti e a Mongólia, por exemplo.

O colégio também está formado por um número de cardeais mais jovens, com menos de sessenta e até setenta anos, o que impactará no consenso sobre a percepção dos atuais desafios da Igreja e do mundo atual.

A máxima “quem entra papa sai do conclave cardeal” nem sempre se verificou. Por exemplo, Paulo VI, que sucedeu João XXIII e Bento XVI que assumiu o papado após João Paulo II, eram os mais indicados e foram os eleitos.

De outra parte, não havia expectativa de um papa tão jovem (58 anos) quando foi elevado ao pontificado o Papa João Paulo II, e não ser italiano mas oriundo do leste-europeu, a Polônia. O mesmo se repetiu com a eleição de um latino-americano, o papa que “veio do fim do mundo”, Francisco, que igualmente ninguém previa.

O escolhido que ocupará a cátedra de Pedro – Bispo de Roma e primeiro entre os bispos sucessores dos Apóstolos – precisará continuar respondendo, com autoridade moral, aos apelos próprios do nosso tempo: a paz, a emergência ecológica, o relativismo pós-moderno, o esgarçamento dos valores na defesa e cuidado da vida humana etc.

Como Pastor e guia de 1,4 bilhão de católicos será acolhido com autoridade paterna, como ponto de unidade e aquele que a todos confirma na fé em Jesus Cristo, de quem será Vigário na terra.

Quem será o escolhido?! Muitas são as possibilidades e uma será a surpresa de Deus, que virá à luz após o dia 07 de maio próximo, quando os Srs. cardeais eleitores se reunirão “sob chave” – conclave – na esplêndida Capela Sistina, vigiados pelo “juízo final”, afresco do grande pintor renascentista italiano, Michelangelo Buonarroti.

Por Dom Darci José Nicioli, CSsR – Arcebispo Metropolitano de Diamantina MG para o Jornal Estado de Minas

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