O réu confesso Anderson Christian Oliveira, foi condenado nessa segunda-feira (25), a 33 anos de prisão em regime fechado, por feminicídio triplamente qualificado (30 anos) e disparo de arma de fogo (3 anos). Ele foi absolvido do crime de tentativa de homicídio contra o rapaz que estava abraçado com a vítima no momento do crime. O júri popular aconteceu no Fórum de Governador Valadares e durou 13 horas e 15 minutos.
O feminicídio aconteceu durante uma festa de aniversário, em São Pedro do Suaçuí, na madrugada do dia 11 de julho de 2021. Segundo a Polícia Militar, Natália Epifania de Oliveira, de 23 anos, tinha terminado um relacionamento com Anderson há seis meses e vinha recebendo ameaças. Mas não havia denunciado o ex por medo de ser morta.
Anderson foi preso dois dias depois do crime em um hotel, em Vitória no Espírito Santo, e desde então, permanecia no sistema prisional.
No momento dos disparos, Natália estava ao lado de uma irmã e abraçada a um amigo. O rapaz teve um ferimento no dedo de uma das mãos.
O julgamento que terminou quase meia noite, foi presidido pelo juiz Paulo Vitor de França Albuquerque Paes.
Na época do crime, Anderson era secretário municipal de esportes de São José do Jacuri. Depois da prisão, ele confessou o assassinato e disse para a polícia que matou Natália por ciúmes e por não aceitar o fim da relação.
A defesa de Anderson informou ao g1 que, “interpôs recurso de apelação considerando que a pena imposta pelo juiz presidente viola enumeradas garantias e direitos subjetivos do acusado. Acreditamos e temos a confiança de que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, em tempo oportuno, haverá de podar todos os excessos da decisão guerreada”, explicou o advogado João Vitor Jardim Reis.
Fonte: G1