Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quarta-feira (18), despacho para que o governo federal elabore proposta que visa instituir a política de valorização do salário mínimo. O grupo de trabalho tem 45 dias para entregar uma proposta e o prazo pode ser prorrogado por igual período.
O despacho envolve os ministérios da Fazenda, Planejamento, Trabalho e Emprego, Previdência, Desenvolvimento Industrial e Comércio, a Secretaria-geral da Presidência e a Casal Civil. O documento foi assinado em solenidade no Palácio do Planalto com a presença de ministros e várias lideranças sindicais.
Há divergências entre as equipes econômica e política e em relação ao que defendem os representantes dos trabalhadores. O principal tema de debate entre o governo e os sindicalistas diz respeito ao aumento real do salário mínimo. Em dezembro, o presidente da República prometeu aumentar o valor de R$ 1.302 para R$ 1.320.
Contudo, a equipe econômica prega que o ideal é manter os R$ 1.302, em razão do impacto de R$ 7,7 bilhões previstos com a elevação. Esse valor fica acima dos R$ 6,8 bilhões previstos na PEC da Transição, aprovada em dezembro. As centrais sindicais, por sua vez, querem ainda mais, defendendo um reajuste que leve o valor a R$ 1.342.
“Tenho certeza que vamos cumprir cada coisa que eu prometi na minha campanha”
Em seu discurso, Lula disse que o movimento sindical se reinventou e mudou nas últimas décadas, bem como o mundo do trabalho. Diante disso, criticou a precarização do trabalho pelas plataformas de aplicativo. “Eles não são microempreendedores”, ressaltou. Afirmou ainda que esses trabalhadores não têm amparo legal quando se machucam ou ficam doentes.
Fonte: O Tempo