Três suspeitos de agredir até à morte o congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, foram presos pela Polícia Civil do Rio Janeiro nessa terça-feira (1º). O delegado Henrique Damasceno, responsável pelas investigações na Delegacia de Homicídios na Barra da Tijuca, disse que eles vão ser indiciados por homicídio duplamente qualificado, por impossibilitar a defesa da vítima e por uso de meio cruel.
Um dos três homens suspeitos de agredir Moïse se apresentou à Polícia Civil do Rio na tarde dessa terça-feira (1º). Alisson Cristiano Alves de Oliveira, conhecido como Dezenove, por não ter um dos dedos, vendia bebidas na areia para o quiosque Tropicália na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio). O congolês também trabalhava para o estabelecimento, sem contrato formal. Recebia por dia trabalhado.
Policiais da Delegacia de Homicídios identificaram três suspeitos a partir de imagens de câmeras de segurança. Além de Dezenove, podem ser acusados do crime Alexander Luiz da Silva, o Tota, e um terceiro agressor conhecido como Belo.
Assim como Moïse, eles seriam vendedores diaristas que trabalham na areia para o Tropicália. Dois outros homens que aparecem no vídeo não participaram das agressões a Moïse. Um trabalha em um quiosque vizinho, e outro era um cliente.
O dono do quiosque onde Moïse trabalhava prestou depoimento à polícia nesta terça. A defesa dele afirmou que o homem não conhece os agressores. O dono do quiosque também negou que havia dívidas do quiosque com Moïse. Segundo sua defesa, ele estava em casa quando o congolês foi espancado e apenas um funcionário do estabelecimento estava no local no momento das agressões.
Fonte: Itatiaia
Foto: Arquivo pessoal