O hacker Walter Delgatti Neto depõe à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos antidemocráticos nesta quinta-feira, 17. Walter foi preso por suspeita de invadir sistemas do Poder Judiciário por um suposto pedido da deputada Carla Zambelli.
Em depoimento à PF ontem, Delgatti afirmou que recebeu R$ 40 mil de Zambelli para invadir e inserir informações falsas nos sistemas de tecnologia do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em janeiro deste ano.
Ainda na noite de ontem, quarta-feira, 16, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que Delgatti fique em silêncio durante sua oitiva ao colegiado, mas seu advogado informou aos parlamentares que ele responderá às perguntas.
“Considerando que a decisão que o convocou para depor na CPMI determina que o mesmo tem o dever legal de manifestar-se sobre os fatos e acontecimentos relacionados ao objeto da investigação, considerando ainda que qualquer declaração do paciente poderá prejudicá-lo, além de que existe o risco de que atos constrangedores possam ocorrer durante o seu depoimento perante a CPMI, a presente impetração possui o único propósito de assegurar-lhe o direito ao silêncio absoluto”, disse a defesa.
Walter Delgatti Neto ficou conhecido em 2019 por ter invadido celulares e vazado mensagens atribuídas a Sergio Moro e a integrantes da Operação Lava Jato. O caso ficou conhecido como “Vaza Jato”.