Uma criança, de 11 anos, foi com o avô até o quartel da Polícia Militar de Novo Cruzeiro contar que sofreu abuso sexual de um homem. A menina relatou o caso chorando.
De acordo com o boletim de ocorrência, a criança explicou que saiu para comprar pão e quando estava voltando para casa passou em frente à residência de uma antiga professora do ensino fundamental, momento em que a menina foi abordada pelo autor que é marido da ex-professora e também conhecido da família.
Ainda conforme o boletim, o homem chamou a menina. Sem saber do que se tratava, ela foi até o corredor de entrada da casa dele e perguntou onde a tia estava, se referindo à professora. O autor afirmou que a mulher estava dormindo, e em seguida falou para a vítima que ela “estava bonitinha demais”. Perguntou se ela queria R$ 5 e deu o dinheiro para a criança.
Os militares que atenderam a ocorrência disseram que depois que a menina pegou o dinheiro o autor passou a mão nos seios dela e ainda tentou tocar as partes íntimas. Assustada, a criança conseguiu evitar que ele a tocasse. Logo depois ela contou que o homem queria dar um beijo no pescoço dela, momento em que correu do local e o autor foi atrás, mas sem conseguir alcançá-la.
Ainda segundo a PM, a menina começou a chorar e quando chegou em uma praça em frente a um hospital jogou o dinheiro no chão, foi correndo para casa, encontrou com o avô e contou o que tinha acontecido com ela.
Versão do autor
Depois do relato da criança os militares foram até a casa do homem, sendo recebidos por ele. Questionado, o autor contou que estava na frente de uma oficina quando viu a menina passar. Como são conhecidos, ela parou para conversar e ele ofereceu R$ 5 para a vítima tomar um sorvete.
O autor ainda contou para os policiais que ele entrou na casa dele junto com a vítima para buscar o dinheiro, quando ele colocou a mão do ombro da menina e pediu para dar um beijo no pescoço dela, mas negou que tenha tocado os seios ou tentado tocar nas partes íntimas da menina.
O homem foi preso em flagrante e encaminhado para a delegacia da cidade, ficando a disposição da justiça. A criança foi levada para uma unidade de saúde, onde foi atendida por uma médica que atestou que a menina não tinha nenhuma lesão.
Os militares também tentaram entrar em contato com o plantão do Conselho Tutelar por várias vezes para acionar o órgão, mas não foram atendidos.
Fonte: G1